1 – Como a linguagem é
entendida pelo autor do texto?
A linguagem é entendida
como uma espécie de memória social coletiva. Nela o homem guardou tudo o que
aprendeu durante suas experiências, ao mesmo tempo que as transmitia aos seus
descendentes. Esta transmissão ocorreu primeiramente de forma oral e, depois,
pela escrita; assim todo o saber humano aprendido até então era passado de
geração em geração. Pela linguagem todos os atos humanos eram nomeados e todas
as coisas classificadas, o que possibilitou ao ser humano não apenas repassar
aos descendentes o que fora aprendido, mas também criar coisas novas que fazem
parte de sua cultura.
2 – O que é educação?
Como primeira definição
o autor diz que “educação é uma atividade mediante a qual os saberes,
conhecimentos e valores inventados pelos homens são transmitidos”. Entretanto o
autor chama a atenção para o que foi transmitido de uma geração a outra: nem
tudo tem sua serventia; o que foi necessário em uma época pode não encontrar
utilidade no momento atual, o que força as atuais gerações buscarem novas
formas de lidar com situações elaboradas pelo presente contexto. Nas palavras
do autor “ela (a educação) não é apenas transmissão do legado passado, mas
preparação para a criação, para busca de caminhos novos a partir dos desafios
do presente”.
3 – Qual a relação existente
entre o conceito de linguagem e educação?
Penso que a relação
existente seja bem estreita. Como dito mais acima, a linguagem assemelha-se à
memória social coletiva. Tudo o que o ser humano aprendeu deve ser transmitido
aos seus descendentes. É neste processo, então, que verificamos a ação
educativa. Ensinamos aos mais novos o que por nossa vez aprendemos, quaisquer
que tenham sido assituações. Assim
educamos as gerações, pela linguagem falada e por meio de outras formas de
comunicação.
4 – Em que sentido a
educação pode ser entendida como processo criativo?
Como já mencionado
acima, a educação não se restringe ao saber acumulado por gerações passadas e
posteriormente transmitidas às gerações futuras. Não é um ato meramente
repetitivo. Os seres humanos do presente momento têm que encontrar soluções
para problemas e indagações atuais. Neste atualizar de pensamentos e
comportamentos é que podemos verificar o processo criativo. O novo se faz
presente a fim de buscar respostas que o contexto atual demanda.
5 – Que conclusões
podemos tirar da narração dos Índios das Seis Nações e os governos da Virgínia
e Maryland?
Podemos refletir sobre
as diversas culturas existentes em nosso planeta e suas várias formas de
transmitir os seus ensinamentos. É preciso levarmos em conta as necessidades da
comunidade em questão. Nem sempre será útil ensinarmos aos povos de cultura
diversa a nossa valores e educação referentes a certos aspectos de nossa
cultura. Se no cotidiano de suas comunidades não houver aplicabilidade prática
do que lhes foi ensinado, então o saber transmitido se torna um tanto estéril
para certas práticas comunitárias.
6 – O que o texto de
Nietzsche sobre a metamorfose do espírito pode nos ensinar sobre educação?
Nistzsche
metaforicamente fala exatamente o que temos discutido até aqui. Quando
recebemos o conhecimento de nossos ancestrais, nós os aceitamos sem hesitar
(camelo). Nos agarramos a esta herança e seguimos em frente em nossa jornada
evolutiva. Mas chega o momento no qual percebemos que a maneira como fomos
educados no passado, não é capaz de resolver todas as nossas questões. Agora amadurecemos
um pouco mais e não estamos, como antes, tão submissos quanto ao funcionamento
do mundo. Muitas vezes (leão) nos rebelamos contra algumas tradições e buscamos
resolver as coisas a nossa maneira. Porém, nova mudança se faz necessária. Se
por um lado parte das nossas tradições já não surte o efeito esperado no
presente contexto social, outra parte pode nos ajudar a criar situações
completamente novas que nos auxiliem na constante reconstrução no mundo a nossa
volta (criança). Reconstrução esta que não é apenas externa; ela também, e
essencialmente, é interna, pois relaciona-se à reeducação humana em direta
razão aos novos anseios da humanidade.